Categoria: Profissionais de Elétrica

  • Mortes por sobrecarga elétrica crescem no Brasil. Veja como evitar!

    Mortes por sobrecarga elétrica crescem no Brasil. Veja como evitar!

    Para evitar esse tipo de acidente, alguns equipamentos de prevenção são fundamentais, entre eles destaque para o mini disjuntor, que é uma inovação e protege duas vezes mais que o disjuntor comum.

    Recentemente, em Joinville (SC), uma mulher morreu eletrocutada ao utilizar uma lavadora de alta pressão na calçada de sua casa e sofrer um acidente relacionado a falhas na rede elétrica. Também em Santa Catarina, dessa vez em São Miguel do Oeste, um jovem de 26 anos faleceu após tentar realizar a manutenção da rede elétrica de sua própria residência e sofrer um choque fatal. Acidentes como esses, resultantes de choque e sobrecarga, são cada vez mais frequentes. Prova disso está no Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica deste ano, que contabilizou, em 2022, 149 acidentes fatais nas moradias urbanas e rurais, um aumento de 25,2% em relação ao ano anterior. No comércio, foram registradas 30 mortes (5,1% de crescimento). Já nas indústrias e na construção civil, foram 17 óbitos para cada setor, um aumento de 2,9% em relação ao ano de 2021.

    Para evitar esse tipo de acidente, alguns equipamentos de prevenção são fundamentais, entre eles o mnidisjuntor. Assim como o disjuntor, dispositivo cuja função é proteger as instalações elétricas, desligando a energia automaticamente em caso de sobrecarga ou curto-circuito, os minidisjuntores garantem eficácia completa, pois eles possuem dois elementos de proteção. “Trata-se de uma inovação. O disjuntor aberto conta com um componente único, tanto para carga quanto para curto-circuito, e o mini, apesar de ser menor, une esses dois elementos em um só, garantindo assim muito mais eficiência e rapidez ao prever qualquer falha”, explica Matheus Spessato Silva, promotor técnico da Siemens.

    A capacidade de comunicação e medição do minidisjuntor proporciona diversas vantagens, como novas possibilidades em termos de partida, diagnósticos, parametrização, operação e manutenção preventiva, tudo isso em tempo real, uma vez que ele é desenvolvido para utilizar os dados de operação, baseado em sobrecarga, operações mecânicas/elétricas ou defeitos. “Isso resulta na redução de custos, diminui as chances de erros e equívocos, pois quando se trata de energia elétrica não se permite ter falhas. Além de aumentar a produtividade nas residências, nas plantas industriais, nos edifícios e nos mais diferentes projetos”.

    Todos esses benefícios são possíveis porque os “minisdisjuntores da indústria 4.0”, como são conhecidos, têm capacidade para gerenciar cargas de diferentes fontes de eletricidade, permitindo a continuidade dos sistemas durante oscilações ou quedas de energia. Toda a conexão e controle são feitos mediante um único equipamento, sem a necessidade de soluções periféricas adicionais. “A solução é conectada à nuvem e possui um QR Code embutido, permitindo acesso rápido, versátil e com informações confiáveis”, informa Matheus.

    Vale lembrar que, com o ciclo acelerado da evolução tecnológica pelo qual o mundo vem passando, a digitalização de processos passa a ser proeminente, e acaba saindo na frente quem investe para transformar as antigas rotinas, conforme comenta Matheus: “Neste sentido, os antigos sistemas de proteção de baixa tensão passaram a exercer uma função essencial nas cadeias produtivas, sendo que hoje é essencial que o disjuntor atue em um campo interligado com todos os sistemas, fornecendo dados em tempo real e se antecipando a qualquer necessidade ou imprecisão”.